segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Aparição


E Sofia disse:


" - Ouça doutor: se alguma coisa me preocupou sempre foi ser consequente, unir o que faço ao que sinto. Porque não faz o mesmo?
- Como não faço o mesmo?
- Oh, não faz... Se o fizesse, já me tinha beijado.”

Vergílio Ferreira. Aparição

sábado, 24 de agosto de 2013

"Explicação da Eternidade"


Devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.

os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.

por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.

os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.

foste eterna até ao fim.

José Luís Peixoto

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Moving on...



"Um homem não vai menos perdido por caminhar em linha recta."

José Saramago. O ano da morte de Ricardo Reis

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Dia Mundial da Fotografia

Neste dia mundial da fotografia tardio e cansativo...

É bom poder contar com o modelo de sempre.


sábado, 17 de agosto de 2013

Joana na Ajuda


Desafio auto-imposto: Fotografar algumas das obras de Joana Vasconcelos no Palácio da Ajuda, sem tripé e sem flash no meio de uma autêntica multidão (a exposição já é a mais visitada de sempre em Portugal).
Aqui fica o resultado e o conselho: não deixem de ir.













domingo, 11 de agosto de 2013

A gaiola dourada


O filme A gaiola dourada do português Ruben Alves é, francamente, muito bom.
Uma comédia inteligente, cheia de detalhes, que retrata com um realismo bem humorado e perspicaz a realidade dos emigrantes portugueses em Paris.

O elenco tem interpretações globalmente irrepreensíveis (de destacar a sempre fantástica Rita Blanco) e a banda sonora assenta que nem uma luva, ou não tivesse o cunho de Rodrigo Leão. 
Trocadilhos, sotaques, palavrões, fado bem cantado e muito mais fazem deste trabalho um sincero motivo de orgulho no que se refere à produção cinematográfica nacional.
Sem dúvida, a não perder.